Na década de 30 o mundo acompanhara o extraordinário programa de rearmamento da Alemanha, indicando que o país preparava-se para uma guerra. Após a derrota na Primeira Grande Guerra, a nação quebrada financeiramente, a inflação galopante, o desemprego alto, o moral nacional em baixa, a população fragilizada emocionalmente, tudo isso constituía um campo fértil para aventureiros da estirpe de Adolf Hitler e seus asseclas disseminarem uma política oportunista, insana e voraz.
Hitler fundara o III Reich Alemão, que pretensamente deveria durar mil anos, tendo por base princípios extremamente antidemocráticos: a glória da “superior” raça ariana, o desprezo às raças consideradas “inferiores”, um ódio extremo aos judeus, perseguições aos intelectuais e socialistas, o uso da força bruta como instrumento de poder e uma política expansionista sem escrúpulos e sem limites, com a qual sonhava dominar o mundo inteiro.
No primeiro momento os alemães pareciam não ter adversário a altura do seu poderio bélico. Utilizando uma poderosa força aérea-Luftwafe- e a estratégia de ataques surpresas blitzkrieg ou a guerra-relâmpago, com o emprego maciço de forças blindadas.
De início teve o domínio da Polônia em em 1º de setembro de 1939. Em menos de um mês a Polônia foi dominada e repartida entre a Alemanha e a Rússia - que haviam feito, nessa época, um pacto de não-agressão.
Em abril de 1940, os alemães voltaram a aplicar a blitzkrieg, invadindo os países bálticos, a Dinamarca e a Noruega.
A França esboçara anteriormente alguma prevenção para se proteger, construindo a Linha Maginot, uma extensa cadeia de fortificações ao longo da fronteira com a Alemanha. Entretanto, ficara desguarnecida sua fronteira com a Bélgica. Hitler decidiu, então, atacar a França através da Bélgica. Invadiu, sem nenhuma advertência, a Bélgica e a Holanda, que eram países neutros, e anexou o grão-ducado de Luxemburgo. A partir da Bélgica, invadir a França, contornando a Linha Maginot, foi tarefa simples para os alemães.
Após a invasão da França, o governo francês em pouco tempo depôs as armas, assinando um armistício que custou à nação uma violenta interferência em sua soberania nacional.
A França ficou de joelhos: foi praticamente dividida ao meio, permanecendo as partes norte e oeste,inclusive a capital, Paris, sob o total domínio alemão, e as partes sul e leste, teoricamente, nas mãos dos franceses, com um governo títere, estabelecido em Vichy, sob a chefia do Marechal Pétain, herói da Primeira Guerra Mundial.
A Alemanha, com plenos poderes sobre grande parte da França, imediatamente anexou ao território germânico a Alsácia e a Lorena, regiões historicamente disputadas entre ambos os países. Aproveitando a derrota da França, Mussolini, o ditador fascista italiano, aliou-se a Hitler, por quem era totalmente dominado, conduzindo também a Itália à guerra contra os países Aliados.
O Brasil na segunda guerra mundial
Em 1945, as tropas Aliadas venceram definitivamente as tropas do Eixo, finalizando a Segunda Guerra Mundial. A vitória das tropas Aliadas provocou uma tremenda reviravolta no Brasil. A ditadura exercida por Vargas passou a ser questionada e a ser combatida pêlos militares e pela sociedade, que, a exemplo do que ocorria no exterior, passaram a exigir a imediata Redemocratização do Pais. Cedendo às pressões, Vargas fez uma série de concessões, entre elas:
– Concedeu anistia ampla, libertou os comunistas e os presos políticos e permitiu a volta dos exilados ao país;
– Aprovou eleições diretas em todo o país;– Permitiu a formação de partidos políticos, como a UDN (União Democrática Nacional), o PSD (Partido Social Democrático), o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), o PSP (Partido Social Progressista) e a legalização do PCB (Partido Comunista Brasileiro). O PSD e o PTB foram criados por Getúlio Vargas.
Durante a campanha eleitoral foi lançado um movimento favorável à continuidade de Vargas no poder, o movimento Queremista, que dizia: "Queremos Getúlio ". Na época, muitos políticos e militares concluíram que o queremismo era, na verdade, mais uma manobra política de Vargas para permanecer no poder. Diante dos fatos, os generais Gois Monteiro e Eurico Gaspar Dutra depuseram Vargas do poder. Em seguida, o poder foi entregue provisoriamente a José Linhares, que era presidente do Supremo Tribunal Federal.